Eu cumprira todos os conselhos para vencer a insónia. Chá de tília, leite quente, cavar terra, acartar pedra, contar carneiros… Até recorri ao curandeiro da Fajã, que já fora promovido a ervanário. Mas acabei por ir parar ao consultório de um psiquiatra. Falei, falei, falei… e o homem sem dizer nada. Quando acabei, ele rabiscou qualquer coisa num papel, entregou-mo e disse: “Dez contos.” Paguei calado e saí mudo. Do papel onde eu esperava encontrar a salvação apenas constava: “Diagnóstico – insónia nervosa. Terapêutica recomendada – dormir bem.”
Daniel de Sá
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