Atar os sapatos à alma, como se fosse ela uma coisa de possível entendimento.

Ou nalgum bolso junto à carne, trazê-la num postal de mostrar aos outros ou sê-la como se um cachecol a pudesse em várias voltas contornar ou ainda, viajá-la como um filho de colo, ciente apenas dos movimentos quentes de quem o transporta, àquela considerável distância do chão e dos temores.

Gabriela Ludovice

Gabriela Ludovice

Share
Published by
Gabriela Ludovice

Recent Posts

Gonçalo M. Tavares vence Prémio Literário Vergílio Ferreira 2018

Gonçalo M. Tavares venceu o Prémio Literário Vergílio Ferreira devido à "originalidade da sua obra…

7 anos ago

Gente Lusitana | Paulo Fonseca

Cornucópia rosada de carne palpitante… com neurónios, comandada puro arbítrio, caminhante… Permeável, errante… de louca,…

7 anos ago