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Ninguém ouve ninguém. Da surdês que começa antes da palavra: nada se compenetra em coisa nenhuma. Exemplo próximo é a normal surdês humana: eu hoje falava na UL de caos e canto e o António Ramos Rosa interrompeu-me e começou a falar da paz que há nos seus livros. Depois falei de Novalis e ele respondeu como se eu tivesse falado de Pascal. Eu também: quando me disse que Adorno respondi que Celan. Alusões. Um ping-pong entre os surdos que todos somos. E quem ouvi era coisa o que escutava. Outras veredas para nenhum lugar.
Casimiro de Brito
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