Três homens estão debaixo de uma árvore. Apressada, a vida passa diante deles.
— Dói-me o corpo — lamenta-se o primeiro.
— Dói-me o coração — lamuria o segundo.
— Dói-me a alma — filosofa o terceiro.
De repente a árvore tomba.
— Dói-me o corpo — geme o primeiro e morre.
— Dói-me o coração — balbucia o segundo e morre.
— Dói-me a alma — murmura o terceiro, com a morte já sentada ao seu lado.
Bruno Barão da Cunha
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