Três homens estão debaixo de uma árvore. Apressada, a vida passa diante deles.
— Dói-me o corpo — lamenta-se o primeiro.
— Dói-me o coração — lamuria o segundo.
— Dói-me a alma — filosofa o terceiro.
De repente a árvore tomba.
— Dói-me o corpo — geme o primeiro e morre.
— Dói-me o coração — balbucia o segundo e morre.
— Dói-me a alma — murmura o terceiro, com a morte já sentada ao seu lado.
Bruno Barão da Cunha
Gonçalo M. Tavares venceu o Prémio Literário Vergílio Ferreira devido à "originalidade da sua obra…
Cornucópia rosada de carne palpitante… com neurónios, comandada puro arbítrio, caminhante… Permeável, errante… de louca,…