Também o olhar. Um olhar a esmo. Às vezes, fixo: de varar distâncias. Mais tarde, as estampas de santos emolduradas, entremeadas de espinhos, dispostas no chão onde havia de pisar. O corpo retesado. E os gritos. Os meus gritos somados ao som da sirene da ambulância cortando a cidade. Foi ontem. Foi ainda hoje. Não houve. Agora quantos anos?

Ernane Catroli

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