Ser consciencioso é estranhamente, por vezes, denegrir a parte pela qual a consciência se sente menos atraída.
A consciência é apenas o instrumento, que nos permite inclinar a existência mais para um lado do que para o outro, como quando se vai a estatelar o nosso corpo mas ainda há a possibilidade de perceber a aproximação ao futuro da queda e num impulso emocional, ele é por nós orientado para onde há mais pedras ou não, para o receber.
A consciência guia-se pelo susto que a assoma, mas parece ser que os seus ponteiros ainda assim se movimentam, como uma cauda de lagartixa abandonada.
Gabriela Ludovice