Surgiu do fundo do palco e o ocupou por inteiro. A sua fala. O seu gingado. O destemor em movimento. O seu olhar abrasado. A desafiar a plateia. E aqui, o que nele se me assemelha. Ou me tenta. Ou apaixona. A cismar. Um mar revolto a fantasia. O que nasce e renasce.
E esta cortina aberta. A minha imagem. Estas vestes. A minha voz. Desusada a minha voz. E este outro que me exige e clama. Hoje rezei por ele.
Ernane Catroli
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