O homem pançudo assomou ao patamar abobadado do edifício e disparou para o céu.

Um pássaro caiu redondo, no exacto centro da rotunda. Intrigado com a geometria do  facto, o homem inspeccionou a boca da arma. E a concluiria da mesma natureza do orifício entretanto entre olhos, se acaso houvesse sobrevivido à acidental  coincidência desta prosa circunscrita.

Augusto Baptista

Augusto Baptista

Share
Published by
Augusto Baptista

Recent Posts

Gonçalo M. Tavares vence Prémio Literário Vergílio Ferreira 2018

Gonçalo M. Tavares venceu o Prémio Literário Vergílio Ferreira devido à "originalidade da sua obra…

7 anos ago

Gente Lusitana | Paulo Fonseca

Cornucópia rosada de carne palpitante… com neurónios, comandada puro arbítrio, caminhante… Permeável, errante… de louca,…

7 anos ago