Platina, estudante de química, namorou Hélio, um homem de ferro, amigo de Laurêncio, mas rompeu por causa de Berílio, um cara que veio do Vale do Silício. Apesar dele cobrí-la com jóias de ouro e prata, enjoou daquela cara de Indio, e rompeu com ele também.
Estrôncio, irmão de Túlio, era apaixonado por ela, mas era muito vanádio, e ela engrenou um namoro com Polônio, um cério germânio, que trabalhava em uma usina de enriquecimento de urânio. Apesar das suas feições estranhas – parece que lhe faltava o oxigênio – casaram em um dia cor de estanho.
Ela acabou engordando bastante, porque gostava muito de comer massa atômica, e ele se tornou hipertenso devido ao excesso de sódio. Ela queria muito ter dois filhos, havia escolhido até os nomes: Césio e Hássio, mas não era para agora, eles não tinham nem um rádio. Gastaram até o último níquel com a prótese de titânio que Polônio teve que colocar em função de um acidente. Seus ossos eram muito frágeis devido a uma deficiência congênita de cálcio. Ademais, ela também não queria ter filhos enquanto não mudassem daquele bairro que fedia a enxofre.
Entretanto, foi traída pelo mendelévio destino. Ficou grávida. Bem feito! Quem manda não tomar anticoncepcional. Foi se cuidar apenas pela tabelinha periódica.
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