No dia 28 de janeiro, a Livros do Brasil lança A Cidade, o segundo livro da trilogia Snopes, de William Faulkner, que se iniciara com A Aldeia e que terá o seu desfecho em A Mansão. Até agora inédito em Portugal, este é um romance repleto de humor, de desejo e de uma trágica aceitação do destino, onde Faulkner deixa espelhada a sua visão sobre a ganância destruidora que se apoderara do sul dos Estados Unidos no pós-Guerra Civil.
Nesta que é a peça central da saga, o autor adota uma estrutura narrativa diferente daquela que surgia em A Aldeia, sendo a história contada do ponto de vista de três personagens, mas retoma a ação precisamente no ponto em que terminava nesse primeiro volume.
Escrita ao longo de duas décadas, entre 1940 e 1959, a trilogia acompanha a história da família Snopes no mítico condado de Yoknapatawpha e revela, através dela, a história de um país em grandes transformações. A publicação deste volume pela Livros do Brasil representa um passo fundamental para permitir a leitura completa desta obra maior de Faulkner. Ainda em 2016 deverá chegar às livrarias o terceiro volume, A Mansão, numa nova tradução.
Sinopse:
Foi num belo dia de sol que Flem Snopes, acompanhado da mulher, do bebé e de meia dúzia de pertences, entrou na cidade de Jefferson. A ascensão astuciosa deste aldeão com fama de salteador, incendiário e ladrão de cavalos não passara despercebida aos habitantes da sede do lendário condado de Yoknapatawpha e é pois com expectativa que aguardam os seus próximos passos. Pela voz de três narradores de fiabilidade variável, A Cidade relata a história da ambição desmesurada de um homem rude e implacável, ávido de prestígio e ainda mais de dinheiro, mas também a história de amor da sua mulher, a fatal Eula Snopes, cuja beleza voluptuosa irá arrebatar toda a povoação.
William Faulkner nasceu a 25 de setembro de 1897 em New Albany, Mississípi. A decadência do sul dos Estados Unidos da América, onde sempre viveu, está no centro de grande parte dos seus romances, entre os quais se destacam O Som e a Fúria (1929), Luz em Agosto (1932) e Absalão, Absalão! (1936). Distinguido com o Prémio Nobel
da Literatura em 1949, recebeu por duas vezes o Prémio Pulitzer de Ficção, com A Fábula (1954) e Os Ratoneiros (1962).
Autor central da literatura norte-americana e um dos maiores escritores do século xx, morreu a 6 de julho de 1962.
Nota de Imprensa Porto Editora.
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