A balsa tem um nome estranho, fora do sítio: extraterrestre III. Observo-a todos os dias. Leva as pessoas das margens da lagoa, ali onde o mar espreita já.
Dizem que os golfinhos entram por aqui.
Vejo-os uma manhã, recortes escuros no mar, dorsos que correspondem ao nosso imaginário.
Estar de férias é isso: uma sombra de paz, uma ideia que construímos de sossego e outros desvios ao caminho.
Não queria voltar para casa à beira do rio.
Preferia ficar a ver a balsa a ir, devagar, evitando o remoinho e as correntes.
A balsa que se chama extraterrestre III.
Patrícia Reis
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