As pessoas ardendo pela cidade ou a cidade em fogo nas escadarias de mármore ou a cidade em som movendo-se, agreste ou as pessoas em som, as pessoas a cidade em chamas subindo degraus, as pessoas as ruas compridas sem nome próprio.

As mãos e os olhos, rompendo.

A cidade um sítio  novo, um mundo novo ou a cidade a mesma casa de sempre mas de portas abertas, por isso, as pessoas uma casa aonde regressar ou as pessoas um ponto de partida e chegada.

A boca e o coração na ponta dos dedos.

João Silveira

João Silveira

Share
Published by
João Silveira

Recent Posts

Gonçalo M. Tavares vence Prémio Literário Vergílio Ferreira 2018

Gonçalo M. Tavares venceu o Prémio Literário Vergílio Ferreira devido à "originalidade da sua obra…

7 anos ago

Gente Lusitana | Paulo Fonseca

Cornucópia rosada de carne palpitante… com neurónios, comandada puro arbítrio, caminhante… Permeável, errante… de louca,…

7 anos ago

Marcos Barrero, poeta de coração paulistano | Adelto Gonçalves

I A exemplo do que Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) disse do poeta argentino Rodolfo…

7 anos ago

Em homenagem a Cassiano Nunes | Adelto Gonçalves

                                                    I         Primeiro de uma série de cinco volumes, Poesia - Obra Reunida (Brasília: Universidade de Brasília/Thesaurus Editora,…

7 anos ago

Desvão de Almas, Miicrocontos, Editora Penalux, SP | Silas Corrêa Leite

O professor Silas Corrêa Leite, jornalista comunitário, conselheiro diplomado em direitos humanos, ciberpoeta e blogueiro…

7 anos ago