… Então? – ela.
Salgado. – ele.
Eram tempos em que a Censura já não se sentava à mesa, pelo que, sem dúvida, ele desconhecia a têmpera (e o tempero) da sua mulher.
Sem mais, nem ais, ela fez-lhe as malas e abriu-lhe a porta de casa, leia-se, da rua. Ele, coitado, nada tinha em seu nome, pelo que… Jesus, Maria, Espírito Santo, o que seria dele doravante?

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