Prémios PEN Clube 2015

Mário de Carvalho é o vencedor por unanimidade do Prémio P.E.N. Clube Ensaio, pelo livro Quem disser o contrário é porque tem razão (Porto Editora), e Luís Quintais venceu, em ex-aequo com Isabel Mendes Ferreira, o Prémio P.E.N. Clube Poesia com O Vidro (Assírio & Alvim), livro que já havia recebido este ano o Prémio Fundação Inês de Castro. Tanto Mário de Carvalho como Luís Quintais já haviam sido distinguidos com este galardão: Mário de Carvalho na categoria de Narrativa com Fantasia para Dois Coronéis e uma Piscina (Porto Editora) em 2003, e, há 10 anos, Luís Quintais venceu com Duelo, também na categoria de Poesia.

Muito bem recebido pela crítica e pelos leitores – o livro vai já na sua 4ª edição –, Quem disser o contrário é porque tem razão procura aconselhar e desbravar caminhos para a escrita, mas também promover a discussão sobre este tema. Mário de Carvalho dá-nos ainda conta da sua experiência enquanto leitor e escritor, sempre no tom bem-humorado a que já nos acostumou.

O Vidro é o mais recente livro de Luís Quintais – uma das vozes mais seguras da nova poesia portuguesa – e aqui somos confrontados com um fulgor rítmico magistral e com a visita a alguns dos lugares paradigmáticos na poesia do autor. Vitrificação, estilhaços, riscos, violência e história, O Vidro faz alusão a fragmentos de Anna Calvi, António Damásio, Edmond Jabès, Fernando Pessoa, Martin Amis e T.S. Eliot. Ainda este mês, a Assírio & Alvim publicará a poesia reunida deste autor num livro intitulado Arrancar penas a um canto de cisne.

MÁRIO DE CARVALHO
Mário de Carvalho nasceu em Lisboa em 1944. O seu primeiro livro, Contos da Sétima Esfera, causou surpresa pelo inesperado da abordagem ficcional e pela peculiar atmosfera, entre o maravilhoso e o fantástico. Desde então, tem praticado diversos géneros literários, percorrendo várias épocas e ambientes, sempre em edições sucessivas. Nas diversas modalidades de Romance, Conto e Teatro, foram atribuídos a Mário de Carvalho os prémios literários
portugueses mais prestigiados (designadamente os Grandes Prémios de Romance, Conto e Teatro da APE, o prémio do PEN Clube e o prémio internacional Pégaso). Os seus livros encontram-se traduzidos em várias línguas. Recentemente, foi agraciado com o Grande Prémio de Conto “Camilo Castelo Branco” CM Vila Nova de Famalicão/APE pelo livro A Liberdade de Pátio (Porto Editora, 2014).
LUÍS QUINTAIS
Luís Quintais nasceu em 1968 em Angola. Antropólogo, poeta e ensaísta, leciona no Departamento de Antropologia da Universidade de Coimbra. Como antropólogo tem publicado ensaios em diversas revistas da especialidade sobre as implicações sociais e culturais do conhecimento biomédico, em particular sobre a psiquiatria e seus contextos. Desenvolve atualmente investigação sobre as interações entre biotecnologias, arte e cognição. Como poeta, publicou A Imprecisa Melancolia (1995), Lamento (1999), Umbria (1999), Verso Antigo (2001), Angst (2002), e Duelo (2004), obra a que foram atribuídos o Prémio PEN Clube de Poesia e o Prémio Luís Miguel Nava – Poesia 2005.

Nota de Imprensa da Porto Editora.

Letras sem tretas MdC