Tacteia este grão, este sal, esta flor marítima.
Nasceu noite fora na soleira da minha porta, à beira-mar, sempre à beira do mar.
Leva-me amarrada à tua nau de vento, a flor de sal no meu cabelo.
Os retratos dos afogados empalidecem, diluem-se, e tu não saberás que forma tinham quando vivos, quando estátuas, quando gritos de correntes.
Há sangue novo nos pássaros, ouves, é deles o sopro de subida, no bico trazem uma palavra, sempre a mesma, do nascimento das uvas à partida dos cravos.
Hão-de soltá-la no centro da tempestade, e tudo será água, tritão, sereia, e um homem só, sentado na praia, cantando.
Licínia Quitério, em “O LIVRO DOS CANSAÇOS”, a ser apresentado em 28 de Fevereiro próximo
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