Parto das palavras de Luís Carmelo, “A literatura é um rio…”, e pergunto: a tradução será um dos seus principais afluentes ou um rio paralelo que transporta o mesmo caudal de continente para continente? Tudo o que a literatura nos dá a tradução dá aos que não a recebem na língua em que nasce. O afluente alimenta o rio, mas perde-se nele. Na foz, não se sabe que parte daquela água veio do afluente. Mas Camões, Eça, Fernando Pessoa, Saramago chegaram a todo o mundo, atravessando mais do que rios – oceanos!

Com os sonhos, acontece o mesmo. Não têm limites, levam-nos a recantos desconhecidos, a paisagens inexistentes, a dimensões insondáveis.

Traduzindo… é um sonho, um desejo e agora uma realidade. É um espaço que pretende pôr tradutores literários, escritores, alunos de tradução, revisores, etc. a conversarem, a pensarem em conjunto, a interagirem, a concordarem e a discordarem, a encontrarem-se virtualmente, a serem uma comunidade.

Todos os contributos são bem-vindos. O endereço pnet.traducao@gmail.com está à vossa (nossa) espera!

A estreia é com “The Applicant” de Sylvia Plath, cuja tradução Ana Maria Chaves aqui deixa.

Maria do Carmo Figueira

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