Uma força narrativa imprime ao romance um ritmo vivo e empolgante, onde a realidade não pede licença para entrar e tomar conta da vida das pessoas. Já conhecíamos esta escrita em As Mulheres da Fonte Nova, o primeiro romance de Alice Brito. Aí, uma cidade mulher e madrasta era o centro da narrativa, assumindo o fardo que condição feminina arrasta consigo.
Neste segundo romance, temos uma voz masculina, a de David, como uma espécie de alter-ego da consciência política da autora. Professor de história, é a mente iluminada, a ponte entre o passado e o presente político. O contraste com o analfabetismo histórico, político e cultural que mantém refém uma multidão de jovens apáticos e resignados com o seu destino, mais uma vez, inevitável.
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