Augusto Baptista

A gralha

Absorto, analisou a papeleta afixada na montra, tamanho A4 – um tanto mais, falando com precisão –, ornato gráfico, retrato…

12 anos ago

A minha laranjeira

Tenho uma laranjeira no quintal, plantada por minhas mãos um dia, pequenina, a bem dizer criança, que no Inverno se…

12 anos ago

O homem do garrafão

Cruzámo-nos na Rua de Cedofeita, fim de tarde de domingo, Junho passado. Eu distraído, de repente entrevejo, debaixo do braço,…

12 anos ago

Circunscrever

O homem pançudo assomou ao patamar abobadado do edifício e disparou para o céu. Um pássaro caiu redondo, no exacto…

12 anos ago

Nocturno

Quando acordares poderá ser tarde. À cabeceira me acharás velando, Bela Adormecida. Augusto Baptista

12 anos ago

Telefonema

Disse boa viagem e umas tantas palavras em que não acreditava, desligou. Ficaram a verem-se desaparecer. Resignados. Sem vontade, tempo, paciência, para um derradeiro abraço,…

12 anos ago

Tentação

Acenas, me chamas, provocas. Resisto. Alegre, circundas, te vais e regressas, me tocas. Resisto. Dengosa, enleias, ondulas, volteias, me tentas.…

13 anos ago

Brisas domésticas

Está a levantar-se um vento... Isto dito, já ela vogava no ar, sem que alguém lhe pudesse valer, algo houvesse para…

13 anos ago

Tecto branco

Pediu-lhe palavras de fogo. E ficaram lado a lado deitados sobre a cama. As mãos na nuca. Os sapatos ainda…

13 anos ago

Despedida

Tom suave, quase a medo, ele disse, dá-me um beijo, logo ela descia a ladeira, partia sem olhar para trás.…

13 anos ago

O país de Alice

Num estranho acidente, as mãos da menina Alice ficaram presas na porta do autocarro 35. Avaliadas as hipóteses de desencarceramento,…

13 anos ago

Urgência

– Eva – apresenta-se ela. – Ad... – ele, já a trincar a maçã. Augusto Baptista

13 anos ago