“Fuir! là-bas fuir!”
que podereis saber do sol
se deixais arrefecer nas mãos
o mais leve indício de primavera?
da luz não tocais o oiro
nem da escuridão o breu
flutuais incólumes
no verde-água
de mares remotos
nunca atravessados.
tão puros, tão transparentes
e antigos…
tão frios!
e nós ilhas estéreis
sem navios nem tempestades
sem brisas de marinheiros
que nos levem.
Lídia Borges